Agora, você já sabe que casais validantes têm a mesma chance de sucesso ou fracasso que os evitativos ou voláteis (Se você não está entendendo nada do que estamos falando, leia nosso blog anterior). Contudo, ainda quer saber o que de fato pode predizer que um relacionamento está caminhando para o fim.
Gottman, observando o comportamento de casais que se separaram, identificou quatro conteúdos de brigas que funcionam como arautos do fim de uma relação amorosa. Por isso, ele os denominou “Cavaleiros do Apocalipse”. São eles:
- Criticismo: Antes de tudo, esclareçamos o seguinte: o criticismo é diferente da crítica. Você pode mostrar seu ponto de vista acerca de um fato ou comportamento específico de seu companheiro. Isso, ou seja, a crítica, usada de forma adequada é saudável, necessária e benéfica para o desenvolvimento do casal. O criticismo, por sua vez, envolve uma sobrecarga de críticas que não pode ser absorvida de uma só vez e é entendida pelo outro como uma rejeição. Em vez de dizer “você é sempre tão egoísta!”, diga “acho que esta atitude foi egoísta, lembre-se das vezes que já precisou da ajuda dos outros”.
- Desrespeito: Justamente o oposto da admiração que geralmente une os casais. Ocorre quando um demonstra, por palavras ou atitudes, que se sente melhor do que o outro (em termos culturais, sociais, econômicos, familiares, profissionais, estéticos etc.) só para diminuí-lo ou feri-lo. Esses ataques podem ser também direcionados a personalidade e a moral do companheiro, ou ainda, a pessoas que o ele muito preza.
- Defensividade: Os portadores da “Síndrome de vítima” nunca assumem o que fazem. Esta característica impede qualquer crítica (diferente do criticismo, lembra?) de ter um resultado positivo. Eles não conseguem enxergar se há qualquer resquício de verdade sob as críticas que recebem. Tampouco separam o problema discutido de sua própria pessoa. Assim, sempre que houver uma reivindicação, logo se preparam para contra atacar, impedindo qualquer possibilidade de solução do problema.
- Insensibilidade: Também chamada de “parede de pedra”. O companheiro fecha-se para qualquer diálogo, o que pode até ser percebido pela sua linguagem corporal como braços cruzados, por exemplo. A pessoa decide “morar no problema”, em vez de abrir-se para conversar sobre ele e enfrentá-lo. Enquanto isso, o outro se sente conversando com as paredes.
Jessica Librelon
Terapia do Amor - Montes Claros
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